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ticket de bingo,Competição ao Vivo com a Hostess Popular Online, Onde Interação em Tempo Real Torna Cada Jogo Dinâmico, Empolgante e Cheio de Surpresas..Registra-se então uma intensa atividade editorial em várias áreas. Muitos jornais indicavam a existência de bibliotecas, centros culturais e cursos técnicos e profissionalizantes, e noticiavam conferências, representações teatrais, concertos musicais e outras atividades de natureza cultural, sendo entendido que a educação ia além da mera alfabetização. Outros davam espaço para a publicação de poesias, crônicas, apólogos, epigramas, sátiras, notícias de interesse geral, protestos contra o preconceito, matérias sobre a reconstrução da identidade cultural perdida e a integração do negro na sociedade brasileira, lutando pela retirada de uma situação de marginalidade. Também eram divulgados eventos do cotidiano da comunidade negra, como festas, bailes, concursos de poesia e beleza, que raramente eram divulgados em veículos da imprensa tradicional. Ao mesmo tempo, buscava-se estimular a formação de uma consciência orgulhosa da negritude, incentivando o cultivo da auto-estima, da memória, da cultura e das tradições ancestrais africanas, alertando contra o perigo da sedução pelas ideologias de branqueamento populacional, e divulgando biografias de líderes negros do Brasil e de outros países, que serviriam como exemplo para outros. Segundo Leandro José dos Santos, "muitas publicações indicavam as regras e condutas que deveriam ser seguidas pelos membros das respectivas comunidades; mesmo que a preocupação central fosse a integração e a formação de uma consciência negra coletiva, muitos editoriais valorizavam a sobriedade, os bons costumes e o amor ao trabalho, demonstrando o apego aos valores éticos e morais puritanos, que também eram utilizados como instrumento de protesto contra o preconceito de cor". Destacam-se neste período jornais como ''O Clarim da Alvorada'', (1924), fundado por José Correia Leite e Jayme de Aguiar, e ''A Voz da Raça'' (1933), órgão oficial da Frente Negra Brasileira, ambos em São Paulo, que então era um dos principais pólos de atuação da imprensa negra do Brasil. Até a década de 1930 circularam cerca de 30 jornais negros no estado. Em outros estados a imprensa negra também se mobilizava, podendo ser citados os exemplos do ''União'' (1918) no Paraná, do ''Raça'' (1935) em Minas Gerais, e do ''Alvorada'' no Rio Grande do Sul, este sendo o periódico da imprensa negra de maior longevidade no país, publicado, com pequenas interrupções, de 1907 a 1965.,Para Leandro José dos Santos, "o estudo dos jornais publicados pela população negra evidencia que essa imprensa foi uma mola capaz de fazer os movimentos sociais negros refletirem sobre as especificidades de seus anseios, suas reivindicações, e, acima de tudo, permitiu a homens e mulheres negros refletirem sobre as condições sociais, econômicas, políticas e culturais em que estavam inseridos". Segundo o Observatório da Imprensa, a imprensa negra brasileira é "uma voz para o povo negro" e serve como "veículo e documentação sobre a luta em favor da equidade racial. ... Felizmente, com a crescente democratização do acesso à internet e suas ferramentas, a imprensa negra conquistou mais espaço na área digital e vem alcançando maior público e visibilidade em portais como ''Correio Nagô'', ''O Menelick'', ''Alma Preta'' e ''Blogueiras Negras''. Embora o panorama soe positivo, a equidade racial não foi completamente alcançada e a mídia negra ainda tem muito trabalho a fazer"..

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